- Redação
Empresário João Paulo e Guilherme de Carvalho confessam o assassinato, diz advogado
O empresário João Paulo Carvalho e seu primo, Guilherme de Carvalho, confessaram o assassinato dos adolescentes Luian Ribeiro de Oliveira e Anael Natan Colins, em novembro de 2021. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (04) pelo advogado Lúcio Tadeu, que representa a família no caso.
Segundo o advogado, os dois relataram que praticaram o crime sozinhos, sem a participação de outros membros da família.
"Eles confessaram o crime e disseram que, além deles, ninguém mais participou do crime. Já oficiamos o delegado e dissemos às autoridades policiais que os jovens estão dispostos a prestarem um novo depoimento”, destacou Lúcio Tadeu.
No depoimento prestado aos advogados de defesa, o empresário João Paulo e o primo, Guilherme de Carvalho, relembraram o dia do crime.
“Era por volta das 3 horas da manhã quando o advogado Francisco das Chagas [proprietário do imóvel] ouviu os cachorros da residência latindo. Ele mora na residência com a mulher e o filho, primo de João Paulo. Ao perceber os adolescentes na propriedade, o doutor Francisco os repreendeu e travou uma luta corporal com os dois”, pontuou o advogado.
Ainda segundo a defesa, ao ouvir a briga, Guilherme foi ajudar o pai e juntos imobilizaram os adolescentes. Neste momento, a mulher de Francisco das Chagas Sousa teria ligado para o empresário João Paulo, afilhado dele. A mulher pediu que o empresário fosse a residência ajudar.
“Quando João Paulo chegou os adolescentes já estavam imobilizados. Guilherme e o pai tinham amarrado eles. Então, botaram os dois rapazes carroceria da caminhonete e saíram em direção à Central de Flagrantes”, destacou Lúcio Tadeu.

Duplo homicídio
No depoimento, o empresário João Paulo e o primo afirmaram que decidiram matar os adolescentes após eles terem ameaçado voltar na residência da família para uma vingança.
“Todo o tempo, no momento da briga, os rapazes ficaram ameaçando, dizendo que iam voltar com a turma, que eles eram menores, não ia acontecer nada, que tinham parentes policiais e que voltariam lá. O Guilherme, muito nervoso e assustado, com medo de uma vingança contra os pais, acabou resolvendo junto com o primo cometerem o duplo homicídio”, destacou o advogado Lúcio Tadeu.